Os micro apartamentos são já uma tendência no setor imobiliário urbano, principalmente nas grandes cidades como Nova Iorque, Londres ou Tóquio, em que o estilo acelerado de vida leva a que muitos procurem numa grande cidade o seu espaço, valorizando a proximidade ao local de trabalho, ou de lazer, em detrimento da quantidade de espaço.
O conceito de micro apartamento não passa somente pelo aproveitamento de espaço, permite acolher mais população nos centros das cidades já lotadas, mas com tanta procura, a um preço mais acessível.
É ainda uma forma de integração da densidade populacional urbana, que é cada vez maior nos grandes centros, e apela particularmente a um público jovem/ jovem adulto e urbano.
A receita é simples: pouco espaço disponível (normalmente entre 11.5 m2 a 50 m2), muita criatividade à mistura, organização e muito sentido prático. O resultado não poderia ser mais surpreendente, condensado as necessidades básicas do dia-a-dia em paredes, camas e armários amovíveis, nunca descuidando fatores como o conforto e funcionalidade, tecnologia ou mesmo o luxo.
Ora veja:
Micro apartamento – 46 m2
Foto: Raimund Koch
Micro apartamento em Nova Iorque – 65 m 2
Foto: Adam Friedberg
As mudanças variadas no setor imobiliário, que em Nova Iorque resultaram no aumento da procura por imóveis mais baratos, por exemplo, estão também na base da crescente procura por este tipo de imóvel.
Micro apartamento em Nova Iorque – 39 m²
Esta é de facto uma tendência crescente no sector imobiliário lá fora, mas em mercados como o Português, ou mesmo o Espanhol, é ainda uma tendência embrionária. Podemos encontrar uma variação deste conceito nos chamados apartamentos T0, ou estúdios, que em termos de dimensão são idênticos, mas em termos de filosofia são bastante diferentes: o design aliado à funcionalidade e tecnologia são fatores determinantes para os amantes dos micro apartamentos.
Apartamento em Lisboa – 25 m²
No entanto já encontramos alguns exemplos bastante interessantes em centros urbanos como Lisboa, ou Porto, Madrid ou Barcelona, que indicam que esta tendência já veio e pretende ficar.
Micro apartamento (Closet House) em Matosinhos – 44 m²
Micro apartamento em sótão, Madrid – 57, 60 m²
O vídeo seguinte, produzido pelo MIT Media Lab, mostra-nos como um gesto pode transformar um espaço (customização) e principalmente como a tecnologia respresenta uma forte aposta neste setor. Será este o futuro?
Imagens: