Desde Dezembro de 2013 passou a ser obrigatório para todos os imóveis que se encontram em comercialização, tenham um certificado de eficiência energética. Esta indicação deve constar sempre na divulgação de um imóvel, quer esteja este a ser anunciado na internet, num jornal ou até mesmo na montra de uma imobiliária.
A certificação energética visa a categorizar o desempenho energético de um edifício ou de uma fração independente, sendo usado para tal uma escala compreendida entre A+ e G à semelhança do que acontece com os equipamentos domésticos.
A maioria das pessoas passa bastante tempo dentro de portas, seja em casa ou no trabalho. Quanto mais tempo passamos dentro de um edifício, maior é o consumo de energia do mesmo. Tem sido visível uma preocupação para que as novas habitações ou espaços comerciais e de serviços, estejam preparados para serem mais eficientes na gestão de energia.
Conceitos como orientação solar ou isolamentos térmicos e acústicos, fazem atualmente parte do léxico de qualquer gestor imobiliário. Quem tem intenção de comprar habitação pretende conseguir poupanças a longo prazo, quem vende pode utilizar como trunfo comercial essa mesma poupança. Uma casa que tenha um certificado energético A+ terá um consumo menor de energia, do que uma casa com um certificado E ou G. Por si só o certificado de eficiência energética não é garante de um menor consumo, é necessário ter sempre em conta os hábitos de consumo energético.
Para os agentes imobiliários este certificado deve ser encarado como uma mais-valia, e nunca como uma burocracia extra. Não é fácil em edifícios mais antigos obter certificados de eficiência energética de excelência, seja por falhas na própria construção ou pelo facto de terem sido construídos com outros pressupostos, estas situações por vezes podem ser minimizadas por algumas alterações de melhorias. Renovações e reforços no isolamento acústico e térmico com a utilização de vidros duplos, ou uma mudança de caixilharia, podem aumentar efetivamente a poupança energética.
A atribuição da categoria energética, não é calculada, apenas, com base no imóvel em si, existem outros fatores que pesam na atribuição da classificação:
- A localização do imóvel
- O ano de construção, o piso e área.
- A constituição envolvente do edifício (coberturas, pavimentos, as paredes e os envidraçados)
- Equipamentos de climatização (aquecimentos/arrefecimento e ventilação)
Estes certificados são válidos por 10 anos, e devem ser encarados sempre como benefícios para os agentes imobiliários, pois potenciam novos e melhorados argumentos de venda.
A classe energética de um edifício, aliada a outros fatores que influenciam o valor de um imóvel, podem contribuir no preço que é pedido pelo imóvel. Uma casa com certificado A+ é um bem imóvel que estará sempre mais valorizado, seja na venda enquanto novo, seja na venda enquanto usado.
Existem também benefícios fiscais em sede de IRS, para quem comprar uma casa com as categorias energéticas máximas (A+ ou A). A significativa poupança energética que é conseguida num imóvel com estas características, é motivo de valorização do mesmo. Por fim, não menos importantes são as melhorias que estas características podem trazer ao ambiente e à saúde da população em geral. Ao aumentar a eficiência energética nos edifícios, vai-se reduzir o consumo de energia e consequentemente baixar os níveis de emissão de CO2.
Texto de: Vasco Neves
Fonte: adene.pt